O plenário da Câmara dos Deputados rejeitou na noite desta terça-feira o sistema conhecido como "distritão". Esse modelo acaba com o sistema proporcional – em que as cadeiras são distribuídas de acordo com a votação dos partidos – e define que serão eleitos os deputados e vereadores mais votados, no voto majoritário, como ocorre para eleição de senadores.
Eram necessários 308 votos para sua aprovação, mas a proposta recebeu apenas 210 votos sim; 267 parlamentares votaram contra e cinco se abstiveram.O distritão contava com o aval do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e do relator da reforma política, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ). A proposta foi o ponto de maior divergência no plenário da Câmara. O distritão foi o terceiro sistema a ser votado na Casa.
A Câmara dos Deputados também rejeitou na noite desta terça-feira (26) durante votação no Plenário duas propostas de mudança no sistema eleitoral durante a análise da reforma política, deixando para trás o voto em lista e o distrital misto para as eleições legislativas.
O da lista fechada foi derrotado por 402 votos a 21 e o modelo distrital misto, defendido pelo PT e pelo PSDB, por 369 votos a 99.
O modelo de lista fechada faz com que os eleitores votem em uma lista de candidatos pré-definidas pelo partido, não em candidaturas individuais como acontece hoje.
O sistema distrital misto é uma mescla: metade das cadeiras é definida pelo modelo atual e a outra metade pela eleição de deputados por regiões dos Estados, que seriam divididos em distritos.