O Conselho de Ética da Câmara dos Deputados decidiu, nesta quarta-feira (22), por 11 votos a 7, arquivar o processo que pedia a cassação do mandato do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) por suposta atuação no exterior contra instituições brasileiras.
A decisão ainda pode ser contestada por meio de recurso ao plenário principal da Câmara. Para isso, são necessárias ao menos 51 assinaturas de parlamentares.
O filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi alvo de uma representação apresentada pelo PT, que o acusava de atuar em defesa de sanções dos Estados Unidos com o objetivo de “desestabilizar instituições republicanas” no Brasil.
Além dessa denúncia, Eduardo Bolsonaro responde a outras três representações no Conselho de Ética, que ainda não foram abertas. Esses processos foram encaminhados novamente ao presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), para análise sobre a possibilidade de tramitação conjunta. Motta ainda não se manifestou sobre o assunto.
Eleito por São Paulo, Eduardo Bolsonaro reside nos Estados Unidos desde o início deste ano. No país, tem participado de encontros com lideranças políticas americanas e é apontado como um dos articuladores de sanções econômicas do governo norte-americano contra autoridades e produtos brasileiros.