Calheiros: PMDB não dificultará exame de MPs encaminhadas pelo governo

Renan Calheiros recusou-se a ler, nesta terça-feira, as Medidas Provisórias 605 e 601

|
Siga-nos no Seguir MeioNews no Google News

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) afirmou nesta quarta-feira que a recusa em ler duas medidas provisórias (MPs) em sessão do Senado, o que inviabilizou a aprovação das matérias pelo Legislativo, não significa uma ação do PMDB de dificultar o encaminhamento das prioridades do governo que dependem de análise dos deputados e senadores. Segundo ele, a presidente Dilma Rousseff sabe que conta com seu "incondicional apoio".

Renan Calheiros recusou-se a ler, nesta terça-feira, as Medidas Provisórias 605 e 601, aprovadas pela Câmara. Ambas perderão o prazo de validade e seus efeitos práticos desde a edição a partir de 3 de junho.

"O papel constitucional do Senado é apoiar a presidenta (Dilma Rousseff) naquilo que for de interesse nacional. A presidenta sabe que conta com meu incondicional apoio", disse Calheiros.

Para viabilizar a votação da MP dos Portos no Senado, em 16 de maio, ele assumiu o compromisso com os senadores que não colocaria em pauta qualquer medida provisória que chegasse da Câmara com prazo inferior a sete dias da data de seu vencimento.

Em uma tentativa de esfriar os ânimos de parlamentares que contestaram sua atitude de colocar a MP dos Portos em pauta, o presidente do Senado argumentou que se tratava de uma "excepcionalidade". Ele incentivou a Câmara dos Deputados a acelerar a votação de uma proposta de emenda à Constituição (PEC) que redefine os prazos de tramitação de medidas provisórias nas duas Casas.

"Eu fiz questão de indicar o caminho da solução. As pessoas que estão próximas da presidente precisam ter um pouco a dimensão do funcionamento das instituições", destacou Renan Calheiros.

Veja Também
Tópicos
SEÇÕES