Buscas da PF encontram cofre de Valdemar, arsenal e falsa receita de bolo

O presidente do PL acabou detido temporariamente, mas foi liberado três dias depois devido à posse de uma arma com registro expirado

Valdemar Costa Neto - presidente do PL | Adriano Machado/Reuters
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Na mais recente reviravolta da Operação Tempus Veritatis, a Polícia Federal realizou buscas no apartamento do presidente nacional do Partido Liberal (PL), Valdemar Costa Neto. Durante a operação, os agentes encontraram um verdadeiro tesouro no cofre do político, que incluía um Rolex prateado, um relógio de luxo suíço da marca Audemars Piguet, uma pepita de ouro, uma arma com registro vencido e a quantia de 31.100 reais em dinheiro vivo.

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, autorizou a busca como parte das investigações sobre suspeitas de um golpe de Estado para manter Jair Bolsonaro no poder. Valdemar Costa Neto acabou detido temporariamente, mas foi liberado três dias depois devido à posse de uma arma com registro expirado.

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O arquivo que intriga investigadores

A busca e apreensão não se limitaram ao PL, atingindo também o tenente-coronel Guilherme Marques Almeida, do comando do 1º Batalhão de Operações Psicológicas do Exército. Além de passar mal ao ser informado da ordem expedida pelo STF, Almeida chamou a atenção dos investigadores por um arquivo peculiar em seus pertences. Um HD externo continha um documento intitulado 'Receita de Bolo com Neston', mas sua abertura foi impedida por senha, levantando suspeitas sobre o conteúdo real do arquivo.

“Chama a atenção arquivo do tipo .docx denominado ‘Receita de Bolo com Neston’, visto que o referido documento possui denominação de conteúdo simples, todavia possui senha para abrir o arquivo”, afirmou a PF.

Guilherme Marques Almeida, exonerado em decorrência da operação, possuía em seu celular mais de 13.700 imagens e mais de 5.300 vídeos, incluindo teorias conspiratórias sobre urnas eletrônicas e notícias de delação premiada envolvendo Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.

O tenente-coronel Ronald Ferreira de Araújo Júnior, apontado como interlocutor de Mauro Cid para monitorar ações contra Bolsonaro, teve sua propriedade revistada, revelando um verdadeiro arsenal. No local, foram encontradas mais de 500 munições de diferentes calibres, quatro pistolas Taurus, um revólver Rossi, uma pistola Sig Sauer 9mm, uma pistola Beretta calibre .22, um revólver S&W calibre .22 e uma carabina Taurus 9mm. Todas as armas estavam devidamente registradas. As descobertas levantam questionamentos sobre a extensão e a natureza das atividades das autoridades envolvidas na operação.

Para mais informações, acesse MeioNorte.com

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