Brasil fica em posição 'delicada' com tensão dos Brics com o Ocidente

Em um contexto global acirrado, os Brics correm o risco de parecer, aos olhos de grandes potências, uma aliança 'anti-ocidente'.

Brasil fica em posição 'delicada' com tensão dos Brics com o Ocidente | Foto: Roberto Stuckert Filho/PR
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Anfitrião da Cúpula dos Brics esta semana, o presidente russo Vladimir Putin recebe nesta quarta-feira (23) os líderes de Estado para a plenária do bloco, buscando demonstrar à comunidade internacional que não está isolado e conta com o apoio de importantes lideranças globais.

A posição de Putin e o rumo que os Brics têm tomado nos últimos anos — intensificados pela invasão russa à Ucrânia e pelo crescente protagonismo de Rússia e China no grupo — têm, de acordo com especialistas, representado um desafio para a política externa do Brasil.

NOVA GOVERNANÇA GLOBAL

Enquanto o Brasil vê nos Brics uma oportunidade de promover uma nova governança global — uma prioridade diplomática do presidente Lula — o país também continua a depender de suas parcerias com líderes ocidentais. Essas potências, no entanto, enfrentam uma crescente resistência de Putin e Xi Jinping, presidente da China, ambos figuras centrais dentro dos Brics.

O Brics, originalmente formado por Brasil, Rússia, China e Índia (com a entrada da África do Sul depois), foi criado para impulsionar economias emergentes e promover reformas em instituições internacionais dominadas por potências ocidentais, segundo o grupo.

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