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Bolsonaro tem até hoje para apresentar alegações finais no julgamento da trama golpista

Essa é a última etapa antes do julgamento, quando os ministros da Primeira Turma decidirão se os acusados serão condenados ou absolvidos. Julgamento deve ser em setembro.

Bolsonaro tem até hoje para apresentar alegações finais no julgamento da trama golpista | Foto: Reprodução
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As defesas do ex-presidente Jair Bolsonaro e de outros seis réus têm até esta quarta-feira (13) para protocolar no STF as alegações finais no processo que investiga a tentativa de golpe de 2022. Essa é a última etapa antes do julgamento, quando a Primeira Turma decidirá sobre a condenação ou absolvição dos acusados. A PGR e a defesa do tenente-coronel Mauro Cid já entregaram seus documentos.

PGR vê Bolsonaro como 'líder' e 'principal articulador'

A PGR solicitou a condenação de todos os integrantes do grupo. Sobre Bolsonaro, o procurador-geral Paulo Gonet afirmou que ele foi o líder da organização criminosa, principal articulador e maior beneficiário dos atos antidemocráticos. 

Segundo Gonet, Bolsonaro:

  • usou o aparato estatal de forma dolosa para atacar instituições e o processo eleitoral;
  • contou com apoio de setores estratégicos das Forças Armadas e do alto escalão do governo;
  • buscou permanecer no poder de forma ilegítima, enfraquecendo a democracia.

Defesa de Mauro Cid pede absolvição ou perdão judicial

A defesa de Mauro Cid apresentou suas conclusões no fim de julho, alegando que ele cumpriu ordens superiores e não teve intenção de atacar o Estado democrático de direito.

Segundo os advogados, Cid:

  • não integrou associação criminosa para abalar as instituições;

  • não praticou atos voltados à ruptura institucional.

Eles também solicitaram perdão judicial, destacando a colaboração de Cid nas investigações e o isolamento social que sofreu após romper com aliados políticos.

O que são as alegações finais

As alegações finais são memoriais escritos em que acusação e defesa resumem o processo e reforçam argumentos por condenação ou absolvição.

O prazo começou com a PGR, passou para a defesa de Cid — que se manifestou antes por ter acordo de colaboração — e agora termina com os demais réus. Como o general Braga Netto está preso, os prazos seguiram normalmente mesmo durante o recesso de julho.

PRÓXIMOS PASSOS

Encerradas as alegações finais, o processo seguirá para julgamento na Primeira Turma do STF no segundo semestre.

O colegiado pode:

  • Absolver os réus, se não houver crime ou participação comprovada;

  • Condenar, aplicando penas conforme o envolvimento de cada acusado.

Em ambos os casos, é possível recorrer ao próprio Supremo.

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