Bolsonaro sobre julgamento: “Não é justo falar em ataque à democracia”

A reunião em questão é o ponto central de uma Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE) que está sendo julgada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Bolsonaro sobre julgamento: “Não é justo falar em ataque à democracia” | Reprodução
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O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) declarou nesta segunda-feira (26/6) que considera injusto falar em ataque à democracia ou cassar seus direitos políticos devido aos comentários que fez sobre o sistema eleitoral brasileiro durante uma reunião com embaixadores em julho de 2022.

A reunião em questão é o ponto central de uma Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE) que está sendo julgada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Nesse processo, existe a possibilidade de tornar Jair Bolsonaro inelegível pelos próximos oito anos. A sessão de julgamento no TSE será retomada nesta terça-feira (27/6).

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) argumentou que não é justo cassar os direitos políticos de alguém que tenha realizado uma reunião com embaixadores. Ele também afirmou que não é correto falar em ataque à democracia. Bolsonaro mencionou a importância de aperfeiçoar o sistema eleitoral e adicionar camadas de proteção, alegando que isso seria benéfico para a democracia.

Bolsonaro expressou sua expectativa por um "julgamento justo" no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Ele argumentou que os ataques feitos às urnas eletrônicas em 2022 eram, na verdade, críticas ou sugestões de aperfeiçoamento do sistema. O ex-presidente evitou comentar sobre um possível sucessor político caso seja declarado inelegível no julgamento em curso.

“Não podemos aceitar passivamente no Brasil que possíveis críticas ou sugestões de aperfeiçoamento do sistema eleitoral seja tido como ataque à democracia” disse o ex-presidente.

A primeira sessão do julgamento da ação que pode resultar na inelegibilidade de Bolsonaro pelos próximos oito anos teve início na quinta-feira passada (22/6) e durou cerca de 3 horas e meia. Durante a sessão, o ministro relator Benedito Gonçalves leu o relatório da ação, enquanto a defesa e a acusação apresentaram suas sustentações orais.

O Ministério Público Eleitoral (MPE) reiterou sua posição de que há elementos que configuram abuso de poder político, o que poderia resultar na inelegibilidade de Bolsonaro. Quando marcou o julgamento, o presidente do TSE, Alexandre de Moraes, previu três dias de discussões. A análise segue nesta terça (27/6), com início às 19h. Se não houver pedido de vista, o julgamento continua em 29 de junho.

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