O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi liberado na tarde desta sexta-feira (15) após passar por intervenções cirúrgicas para tratar refluxo e corrigir um desvio de septo. Sua hospitalização ocorreu no Hospital Vila Nova Star, localizado na zona sul de São Paulo, desde a última segunda-feira (11). Bolsonaro deixou a unidade hospitalar por volta das 13h30 e, ao sair do carro, saudou seus apoiadores, mas optou por não conceder declarações à imprensa. A equipe médica descartou a necessidade de uma terceira cirurgia para aprimorar o funcionamento do intestino devido ao estado de saúde satisfatório do paciente.
A previsão é de que Bolsonaro e a ex-primeira-dama Michelle pernoitem no Palácio dos Bandeirantes a convite do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos). Bolsonaro já pernoitou na residência oficial do governador ao menos duas vezes. Mesmo com relação marcada por algumas discordâncias, Tarcísio tem feito acenos públicos de apoio ao ex-presidente, a quem chama de amigo.
Na manhã de quarta (13), Tarcísio visitou Bolsonaro no hospital. No mesmo dia, o secretário de Segurança Pública do estado, Guilherme Derrite, esteve na unidade para visitar o ex-presidente. Na manhã desta sexta, Bolsonaro recebeu a visita do prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB). Nunes já afirmou que busca uma proximidade maior com o ex-presidente e espera o apoio dele para as eleições municipais de 2024.
Na sua saída do hospital, o prefeito afirmou à imprensa que não existem tensões com o ex-presidente e destacou a conscientização do PL sobre a importância da união entre centro e direita contra o que denominou como extrema-esquerda nas eleições municipais. Antes de Bolsonaro deixar o hospital, o senador Magno Malta (PL-ES) esteve na unidade e compartilhou que ofereceu suas orações ao presidente, como costuma fazer. Durante a internação de Bolsonaro, ocorreram manifestações pequenas em frente ao hospital. Na segunda-feira (11), duas mulheres seguravam cartazes pedindo a prisão do ex-presidente, referindo-se à sua atuação durante a pandemia de Covid-19 e demandando explicações sobre o esquema de desvio de joias investigado pela Polícia Federal.
Na terça (12), um grupo pequeno de bolsonaristas se instalou na frente do hospital com faixas contra Lula e de apoio ao ex-presidente. No final do mesmo dia, Michelle Bolsonaro conversou com os apoiadores na porta do hospital. Ela fez uma videochamada no celular mostrando Bolsonaro deitado na cama e tirou fotos com os manifestantes. Na manhã desta sexta, um pequeno grupo de bolsonaristas permanecia à frente do hospital com bandeiras do Brasil. Um grupo de quatro mulheres rezava Ave-Maria em frente à entrada principal do hospital, enroladas na bandeira do Brasil.
(Com informações da Folhapress - Ana Gabriela Oliveira Lima)