A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro informou neste domingo (13) que a equipe médica responsável pelo tratamento do ex-presidente Jair Bolsonaro relatou a existência de “muitas aderências” no intestino do paciente. Por essa razão, a cirurgia realizada neste momento deve ser prolongada.
Desde a manhã deste domingo, Bolsonaro está sendo submetido a uma cirurgia para desobstrução intestinal e reconstrução da parede abdominal no Hospital DF Star, em Brasília. O procedimento foi necessário após um quadro de suboclusão intestinal — uma obstrução parcial que interfere na passagem normal de gases e fezes.
“SERÁ UMA CIRURGIA LONGA”, DIZ MICHELLE
Michelle Bolsonaro fez uma postagem em rede social por volta das 13h30 informando que os médicos preveem um procedimento extenso. “A equipe médica nos informou que será uma cirurgia longa, pois ele está com muitas aderências”, disse.
As aderências intestinais decorrem das várias cirurgias pelas quais Bolsonaro passou desde que sofreu um atentado com faca durante a campanha eleitoral de 2018. O procedimento cirúrgico atual pode se estender até o final da tarde ou mesmo avançar pela noite, segundo fontes próximas à família.
LAPAROTOMIA EXPLORADORA PARA LIBERAR ADERÊNCIAS
De acordo com o Hospital DF Star, o ex-presidente está sendo submetido a uma laparotomia exploradora com o objetivo de liberar as aderências intestinais. A decisão foi tomada de forma consensual pelas equipes médicas que acompanham Bolsonaro.
Antes da cirurgia, ele passou por uma reavaliação clínico-cirúrgica e por novos exames laboratoriais e de imagem. Os resultados indicaram que o quadro de subobstrução intestinal persistia, mesmo após medidas clínicas adotadas inicialmente.
TENTATIVAS CLÍNICAS FORAM INSUFICIENTES
No sábado (12), os médicos tentaram controlar o problema de forma conservadora, com jejum, descompressão gástrica, uso de sonda e hidratação intravenosa. No entanto, a possibilidade de cirurgia já era considerada diante da evolução do quadro.
O médico Cláudio Birolini, que acompanha o caso, afirmou que Bolsonaro tem histórico de recorrência de aderências, algo comum em pacientes que passaram por múltiplas intervenções cirúrgicas. Segundo ele, a situação atual parece mais grave do que nos episódios anteriores.
TRANSFERÊNCIA EM UTI AÉREA DE NATAL A BRASÍLIA
Jair Bolsonaro foi transferido na noite de sábado (12) de Natal (RN) para Brasília em uma UTI aérea. A internação inicial ocorreu na cidade de Santa Cruz (RN), após o ex-presidente passar mal durante um evento político.
Ele foi levado de helicóptero para Natal, onde se decidiu pelo transporte para a capital federal. Neste domingo, após a avaliação da equipe médica, foi iniciada a cirurgia no Hospital DF Star.