O ex-presidente, Jair Messias Bolsonaro (PL) que, na semana passada, foi alvo de uma operação da Polícia Federal (PF), sob a asuspeita de participar de fraude nos certificados de vacinação dele e de sua filha menor de idade, deve prestar depoimento à PF na próxima semana, terça-feira, dia 16.
A PF investigou a inserção de dados falsos nos sistemas do Ministério da Saúde para Bolsonaro, Mauro Cid, Max Guilherme Machado, Sergio Rocha Cordeiro e a filha do ex-presidente, sendo investigado também um possível crime de uso de documentos falsos. Machado e Cordeiro foram assessores de Bolsonaro durante sua presidência, no Planalto.
A Polícia Federal aponta, em seu relatório, que fundamentou a decisão de Alexandre de Moraes, onde é mencionado que “o prosseguimento da investigação identificou que a estrutura criminosa se consolidou no tempo, passando a ter a adesão de outras pessoas, atuando de forma estável e permanente para inserir dados falsos de vacinação contra a Covid-19 em benefício do então Presidente da República Jair Messias Bolsonaro, sua filha e os assessores do ex-presidente da República, Max Guilherme Machado de Moura e Sergio Rocha Cordeiro, além do próprio Mauro Cesar Cid”.
A investigação feita pela PF relata que o objetivo do grupo “seria manter coeso o elemento identitário em relação às suas pautas ideológicas, no caso, sustentar o discurso voltado aos ataques à vacinação contra a Covid-19”, além de explicar em nota também que “as inserções falsas, que ocorreram entre novembro de 2021 e dezembro de 2022, tiveram como consequência a alteração da verdade sobre fato juridicamente relevante, qual seja, a condição de imunizado contra a Covid-19 dos beneficiários”.
Na mesma data em que a operação foi incitada, Bolsonaro afirmou que em momento algum se vacinou contra a Covid-19, e que não houve alteração de dados em seu cartão de vacinação. Ao ser questionado sobre a investigação Venire, que apontou que os dados de vacinação foram alterados no sistema da Saúde, Bolsonaro afirmou que “não existe adulteração da minha parte”.
“Nunca me foi pedido cartão de vacina em lugar nenhum. Não existe adulteração da minha parte”, afirma. Ele relatou também que sua esposa, a ex-primeira-dama, Michele Bolsonaro, teve o cartão de vacina fotografado pelos policiais. Michele se vacinou em 2021, nos Estados Unidos.