O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) declarou em entrevista ao The New York Times, divulgada na quinta-feira (16), que não pretende apoiar seus filhos para a Presidência, mas que os incentiva a concorrer ao Congresso. “Para você ser presidente aqui e fazer o certo, você tem que ter uma certa experiência”, afirmou. Flávio Bolsonaro, senador pelo Rio de Janeiro, e Eduardo Bolsonaro, deputado por São Paulo, já foram cogitados como possíveis candidatos à presidência.
Bolsonaro voltou a mencionar o decreto de estado de sítio em 2022, considerando que a eleição foi fraudulenta. “Esqueça, nós perdemos”, disse ao jornal, mencionando que o Congresso precisaria aprovar tal medida. Declarado inelegível até 2030, Bolsonaro é investigado por ataques ao sistema eleitoral e por suposta participação em um plano golpista que envolveu o assassinato de Lula, Alckmin e Moraes. Ele negou envolvimento: “Quem quer que seja que tenha feito este plano possível deve responder”.
Convite de Trump e retenção de passaporte
O ex-presidente declarou entusiasmo com um convite de Donald Trump para acompanhar um grupo nos EUA, mas teve o pedido de viagem negado por Alexandre de Moraes. “Me sinto como uma criança outra vez com o convite de Trump”, disse Bolsonaro. Seu passaporte está retido devido às investigações sobre seu envolvimento em planos golpistas e outras acusações, incluindo coleta de joias da Arábia Saudita e falsificação de certificados de vacina.
Bolsonaro comentou sobre o impacto das redes sociais nas eleições e elogiou figuras como Trump, Elon Musk e Mark Zuckerberg. “As redes sociais definem as eleições”, afirmou, esperando que o movimento de liberdade de expressão liderado por eles influencie a política no Brasil. Apesar de elogiar as mudanças nas plataformas de Zuckerberg, o NYT destacou que Bolsonaro foi vago ao explicar como essas figuras poderiam ajudá-lo em seus desafios legais.
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