Recentemente, diversos políticos e apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) iniciaram um movimento de "boicote" à Lacta, empresa detentora da marca de chocolates Bis. O protesto surgiu em resposta à recente parceria firmada entre a marca e o influenciador digital e youtuber Felipe Neto, conhecido por suas críticas a Bolsonaro e por seu apoio ao atual presidente Luís Inácio Lula da Silva (PT) durante a eleição do ano passado.
O deputado federal Carlos Jordy (PL-RJ), líder da oposição ao governo Lula na Câmara dos Deputados, declarou nas redes sociais: "Aqui em casa, ninguém vai financiar Felipe Neto. Bis aqui NUNCA MAIS! Aqui só vamos comer Kit Kat!".
A parceria entre Bis e Felipe Neto foi anunciada durante a participação do youtuber no podcast PodPah na última terça-feira (10). Na ocasião, Felipe Neto destacou a colaboração com a marca e anunciou novas ações de patrocínio na Comic Con Experience deste ano, marcada para 30 de novembro em São Paulo.
A reação dos aliados de Bolsonaro foi imediata, acusando a Lacta de fazer "militância" em favor de petistas. Sérgio Camargo, ex-presidente da Fundação Palmares na gestão Bolsonaro, e candidato derrotado a deputado federal por São Paulo, afirmou: "Bis virou um chocolate rejeitado no Brasil. Parabéns, marketing militante da Lacta!".
Felipe Neto respondeu à polêmica lançando a hashtag #corujaspedemBIS, em oposição à hashtag #BisNuncaMais utilizada pelos bolsonaristas. O influenciador destacou: "A nossa história segue sendo escrita com o nosso suor e a lágrima dos extremistas. Venceremos sempre!".
O Grupo Mondelez Brasil, detentor de marcas como Lacta e Bis, emitiu uma nota esclarecendo que a parceria está relacionada "unicamente a sua relevância no universo gamer e de entretenimento, sem qualquer vínculo ou apoio político de qualquer natureza". A empresa reiterou seu "absoluto respeito à diversidade de opiniões".
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