Na tarde deste domingo, 09 de junho, apoiadores de Jair Bolsonaro se reuniram na avenida Paulista, em São Paulo, para protestar contra o presidente Lula (PT) e o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
O protesto, concentrado em um pequeno espaço em frente ao Museu de Arte de São Paulo (Masp), não contou com a presença do ex-presidente Bolsonaro. Os manifestantes pediram o impeachment tanto de Lula quanto de Moraes.
AUSÊNCIAS E PRESENÇAS
Principais aliados de Bolsonaro, como o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), não participaram da manifestação. Entre os presentes estavam os deputados federais Marcel Van Hattem (Novo) e Carla Zambelli (PL).
Carla Zambelli, atualmente isolada dentro do bolsonarismo, relatou críticas que recebeu por participar de um protesto não convocado por Bolsonaro. Ela afirmou que apoiaria manifestações convocadas tanto pelo ex-presidente quanto pela população em geral.
ZAMBELLI COMPAROU COM PROTESTOS CONTRA DILMA
Zambelli também fez uma comparação com os protestos contra Dilma Rousseff (PT), que começaram pequenos e cresceram significativamente. Ela mencionou um pedido de impeachment contra Lula, assinado por 144 deputados federais, e incentivou a crença na possibilidade de sucesso, segurando um boneco inflável de Lula, conhecido como “pixuleco”. Marcel Van Hattem criticou Moraes em seu discurso, referindo-se a ele como “Xandinho”.
Os discursos dos manifestantes, que se revezavam no carro de som, frequentemente mencionavam supostas violações de direitos dos réus envolvidos nos ataques golpistas de 8 de janeiro de 2023. O deputado Luiz Philippe de Orleans e Bragança (PL) também participou, entoando palavras de ordem contra Lula e afirmando que o Brasil passará por uma “revolução de consciência” antes de uma revolução real, criticando partidos do centrão.
Além das faixas contra Lula e Moraes, havia diversas mensagens direcionadas ao bilionário Elon Musk, incluindo uma que dizia “Fora ditadura, help Elon Musk”.
Políticos próximos a Bolsonaro, entrevistados pela reportagem, revelaram que não iriam ao protesto. Para alguns desse grupo, a realização de manifestações desarticuladas e com baixa adesão pode passar uma impressão de fraqueza, contrastando com os eventos lotados organizados anteriormente por Bolsonaro.