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Bêbado e em alta velocidade: Filho de prefeito é acusado de matar idoso no Ceará

Segundo o Ministério Público, o réu conduzia o veículo após ingerir bebida alcoólica, trafegando em alta velocidade e realizando manobras em zigue-zague até atingir a vítima.

Francisco, conhecido como Chico Matias, foi atropelado pelo filho do prefeito de Aurora, Marcone Tavares. | Foto: Reprodução
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O jovem Marcone Tavares de Luna Filho, de 18 anos, será submetido ao júri popular pela morte de um idoso de 74 anos ocorrida no município de Aurora. A determinação judicial foi tornada pública na última sexta-feira (21). O réu é filho do atual prefeito da cidade, Marcone Tavares de Luna.
O atropelamento que resultou na morte do idoso aconteceu em 4 de junho de 2025.


ACUSAÇÃO E ENQUADRAMENTO PENAL

O magistrado responsável pelo caso decidiu que o jovem responderá por homicídio doloso, afastando a tese de homicídio culposo — quando não há intenção de matar. Para o juiz, o comportamento de Marcone contribuiu diretamente para o desfecho fatal.

Segundo o Ministério Público, o réu conduzia o veículo após ingerir bebida alcoólica, trafegando em alta velocidade e realizando manobras em zigue-zague até atingir a vítima.

Além de Marcone, outras duas pessoas foram levadas a julgamento: uma por falso testemunho e outra por fraude processual relacionada ao acidente.


DINÂMICA DO ATROPELAMENTO

O atropelamento ocorreu em 4 de junho, na CE-153, zona rural de Aurora. Conforme investigação policial, Marcone dirigia embriagado ao deixar uma festa e acabou atingindo Francisco Carneiro de Araújo, conhecido como “Chico de Matias”, de 74 anos, que morreu ainda no local.

Após o impacto, o jovem fugiu sem prestar socorro e deixou o veículo abandonado. Nos dias seguintes, foi hospitalizado e, posteriormente, apresentou-se à polícia. No dia 13 de junho, a Polícia Civil o indiciou por homicídio doloso qualificado.


PRISÃO, MEDIDAS E LIBERDADE

Marcone chegou a ser preso em junho, mas obteve liberdade cinco dias depois, mediante cumprimento de medidas cautelares, incluindo o uso de tornozeleira eletrônica.
A decisão judicial mais recente retirou algumas dessas obrigações — entre elas, o monitoramento eletrônico —, mas manteve a proibição de frequentar bares e casas noturnas.

O jovem foi detido inicialmente em um condomínio de alto padrão em Juazeiro do Norte, no dia 19 de junho.

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