Nesta quarta-feira (04), a base aliada do governo Dilma Rousseff afirmou que o relatório final do senador Antonio Anastasia (PSDB), apresentado durante a comissão de análise do impeachment no Senado extrapolou a denúncia da Câmara dos Deputados.
Anastasia negou que pretenda incluir episódios ocorridos antes de 2015 e disse que os citou no seu relatório apenas para descrever os fatos. “Os fatos apurados não serão anteriores a 2015, mas o que aconteceu antes pode ser objeto de compreensão”, disse. O relatório deverá ser votado pela comissão na próxima sexta-feira (6). Depois ele seguirá para análise do plenário principal do Senado.
“Foi delimitado lá na Câmara dos Deputados e no STF dois objetos: pedaladas de 2015 e crédito suplementar de 2015. E agora o Anastasia abre para tudo, abre para 2014, 2013, abre para BNDES, Caixa Econômica Federal, aí fica difícil, é uma surpresa. A fragilidade da pedalada 2015 é muito grande porque é Plano Safra, não tem autoria. Ele foi atrás de antes, porque é muito frágil 2015, a Dilma não participa, não tem assinatura da Dilma no Plano Safra”, afirmou o senador Lindbergh Farias (PT).
“O relator para dar o mínimo de coerência ao seu parecer recorre ao período anterior de 2014. E o STF já determinou que os fatos exclusivamente de 2015. O relator faz uma confusão, trazendo tudo aquilo que esteve em 2012, 2013, 2014, para o que aqui deve ser acolhido. Portanto ele extrapola o objeto da denúncia”, disse José Pimentel (PT).