Convencido da união da base aliada e confirmando que sairá como candidato a senador em 2010, caso os 12 partidos do bloco governista permaneçam juntos, o governador Wellington Dias disse, ontem, na TV Meio Norte, que a reunião realizada em sua residência na semana passada não foi motivada pelo crescimento do prefeito de Teresina, Sílvio Mendes (PSDB), nas pesquisas de intenção de voto divulgadas recentemente. ?A oposição deve cuidar da oposição e nós cuidamos da base. Concluímos a primeira etapa do calendário eleitoral que já previa essa reunião?, disse, acrescentando que acredita na possibilidade de vitória ainda no primeiro turno.
?Não posso negar um esforço nessa direção, de ir para o Senado Federal. Todos os partidos que compõem o bloco destacaram que seria importante para o Piauí que eu fosse candidato. Se até o dia 2 de abril eu me afastar é porque houve um entendimento dos demais pré-candidatos em apoiarem de fato o que for escolhido para representar o projeto?, afirmou.
O governador confessou que há um interesse natural em passar o bastão de chefe do executivo estadual para um candidato do Partido dos Trabalhadores, porém, não haverá privilégios para um petista. ?O Antônio José precisa viabilizar sua candidatura assim como os demais pré-candidatos. Depende em primeiro lugar da vontade do povo, e em segundo lugar de reunir o apoio das lideranças políticas?, justificou.
Se depender da análise de Dias, que é o principal condutor do processo político na base aliada para as eleições do próximo ano, a oposição, que atualmente conta com o PSDB e o Democratas, terá que se contentar com os atuais nomes que compõem seus quadros para montarem uma chapa opositora. ?Após a reunião estou convencido que a base vai se manter unida. Acredito nisso. Em 2006 tivemos uma discussão parecida, a dúvida era se o Alberto Silva saia como senador ou continuaria na base e no final deu tudo certo?.
Em relação à possível candidatura de Sílvio Mendes como nome que encabeçará a oposição, Wellington Dias pontua que para Mendes vai ser difícil voltar atrás, já que ele ?chegou a um ponto em que largar não é fácil?.
O governador destacou ainda que o presidente Lula pode vir ao Piauí em dezembro ou janeiro para inaugurar projetos na área da Educação. ?Quero levá-lo em Guaribas para dar a aula inaugural da Universidade Aberta naquele município?, conta.