O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), ministro Luís Roberto Barroso, negou nesta segunda-feira (18) os rumores de que poderia antecipar sua aposentadoria do Supremo. A declaração foi dada em Cuiabá (MT), durante o evento Diálogos com a Juventude.
Questionado por uma repórter sobre a possibilidade de deixar a Corte, Barroso respondeu de forma categórica:
“Não vou me aposentar, não. Estou feliz da vida”.
Atualmente, os ministros do STF se aposentam compulsoriamente aos 75 anos. Barroso tem 65.
O ministro também comentou as críticas de parte da população que fala em “ditadura do Judiciário”. Ele rejeitou a acusação e afirmou que a comparação é injusta, principalmente com aqueles que de fato enfrentaram regimes autoritários no Brasil.
“Só afirma isso quem não viveu uma ditadura. Ditaduras são regimes em que há absoluta falta de liberdade, em que há tortura, censura, exílio e aposentadorias compulsórias. Nada disso acontece no Brasil”, declarou.
Barroso destacou que é legítimo criticar decisões do Supremo, mas frisou que essa possibilidade é justamente a prova de que não há repressão no país.
“As pessoas têm todo o direito de discordar do Supremo. Mas, em uma ditadura, as coisas não funcionam assim”, completou.