Em clima de assembl?ia, sindicalistas, empres?rios, governo e senadores se uniram para defender a manuten??o do imposto sindical, desconto obrigat?rio em folha de pagamentos que equivale a um dia de trabalho por ano e serve para financiar sindicatos, federa?es, confedera?es e, em breve, centrais sindicais.
Emenda aprovada pela C?mara dos Deputados ao projeto que legaliza a exist?ncia das centrais sindicais acabou com a cobran?a autom?tica do imposto e exige que, a partir de 2008, os trabalhadores paguem diretamente a contribui??o aos sindicatos ou autorizem o desconto em seus sal?rios.
Teoricamente, a audi?ncia p?blica presidida pelo senador Paulo Paim (PT-RS), relator do projeto na CAS (Comiss?o de Assuntos Sociais), tinha como objetivo discutir as v?rias opini?es sobre a mudan?a feita pelos deputados no financiamento do sistema sindical. Na pr?tica, por?m, a audi?ncia teve um cen?rio mais parecido com uma assembl?ia de sindicato.
Dos quase 30 oradores, apenas o deputado Augusto Carvalho (PPS-DF), autor da emenda que acabou com a cobran?a autom?tica na C?mara dos Deputados, tentou falar contra o tributo, mas foi interrompido in?meras vezes por vaias.
"? assim que come?a o fascismo", disse Carvalho em resposta a gritos de "mentiroso" e cartazes que o acusavam de querer acabar com direitos dos trabalhadores.
Uma confus?o se armou entre parte da plat?ia e cerca de 20 apoiadores do deputado. Os seguran?as do Senado tiveram de intervir. Ao fim, Augusto Carvalho deixou o audit?rio escoltado por dois deles.