As imagens que registraram a confusão e possíveis agressões contra o filho do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), no aeroporto internacional de Roma, serão liberadas para a Polícia Federal (PF) após a manifestação do Ministério Público da Itália. A Autoridade Central italiana recebeu o pedido e autorizou o uso dos arquivos para a investigação da PF.
Fontes da Polícia Federal confirmaram que receberam as primeiras imagens das câmeras de segurança do aeroporto de Roma, mostrando a confusão que envolve o ministro Moraes e os três suspeitos de agressão: o empresário Roberto Mantovani, sua esposa Andreia Munarão e Alex Zanatta. A corporação aguardava nesta sexta-feira (21) o recebimento de mais imagens de outros ângulos de gravação, que serão usadas na perícia para concluir as investigações.
De acordo com informações obtidas, as câmeras do aeroporto corroboram o relato do ministro sobre as agressões contra ele e seu filho, o que também foi confirmado por Alexandre Padilha, ministro das Relações Institucionais, após conversas com autoridades da Itália.
O vídeo enviado pela polícia italiana revela o filho do ministro recebendo um tapa do empresário Roberto Mantovani, conforme apuração. Além disso, há um vídeo em análise pela Polícia Federal, onde um dos integrantes do grupo suspeito teria gravado Moraes proferindo xingamentos. No entanto, há suspeitas de que esse vídeo possa ter sido editado. A defesa dos três supostos agressores nega a edição e afirma que a gravação foi entregue integralmente aos investigadores.
Sobre o caso
O ministro Alexandre de Moraes foi hostilizado por um grupo de brasileiros no aeroporto de Roma quando retornava com a família ao Brasil após uma palestra em Siena, em 14 de julho. Os suspeitos o teriam chamado de "bandido, comunista e comprado".
Os três suspeitos já prestaram depoimento à Polícia Federal, mas as versões apresentadas pelos acusados divergem da registrada pelo ministro. O advogado que representa o grupo alega que a família admitiu ter chamado Moraes de “entrevero”, mas negou tê-lo hostilizado, alegando que foi o ministro que iniciou as ofensas contra o grupo.