
O desembargador Gamaliel Seme Scaff revogou a liminar que mantinha Jorge Guaranho, responsável pelo assassinato do tesoureiro do PT de Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná, Marcelo Arruda, em prisão domiciliar.
A decisão determinou a "imediata condução" de Guaranho ao Complexo Médico Penal (CMP), em Pinhais, onde ele começará a cumprir sua pena de 20 anos. A decisão ainda cabe recurso.
A medida foi tomada após uma reavaliação médica de Guaranho, realizada em 27 de fevereiro, a pedido do desembargador, que havia concedido a prisão domiciliar a ele após o júri realizado em 13 de fevereiro deste ano.
Na ocasião, a defesa de Guaranho argumentou que ele não teria condições de cumprir a pena em regime fechado devido a necessidades médicas específicas. Vale lembrar que, no dia do crime, Guaranho invadiu a festa de 50 anos de Arruda e atirou contra o aniversariante, que revidou e o atingiu, causando-lhe lesões.
O desembargador destacou que a avaliação médica foi essencial para determinar se Guaranho tinha condições de iniciar o cumprimento de sua pena no Complexo Médico Penal de Pinhais (CMP), onde ele havia permanecido por menos de 48 horas após ser condenado a regime fechado.
Após a reavaliação médica na unidade Tarumã do Instituto Médico-Legal (IML), de Curitiba, o CMP "informou possuir totais condições de prestar assistência ao paciente", diz decisão do desembargador publicada na quinta-feira (13) e que determinou a prisão de Guaranho.
Segundo o Ministério Público do Paraná (MP-PR), Guaranho já se encontra no CMP nesta sexta-feira (14).
A defesa do condenado informou através de nota que causa perplexidade a alegação do CMP de que possui estrutura para atender Guaranho uma vez que durante o período de dois anos em que ele esteve preso no local após o crime, não recebeu a assistência necessária.
Na nota, a defesa finaliza afirmando que "segue confiante de que o Tribunal de Justiça revisará essa decisão".