O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) declarou, nesta quinta-feira (16), que sua esposa, Michelle, deve representá-lo na posse de Donald Trump como presidente dos Estados Unidos, agendada para a próxima segunda-feira (20).
Na mesma data, o ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, rejeitou o pedido de devolução do passaporte de Bolsonaro, o que impediria sua viagem para participar da cerimônia.
O passaporte do ex-presidente foi apreendido no ano passado durante uma operação da Polícia Federal.
"Essa questão do passaporte ainda está sendo discutida. Tenho uma equipe de advogados que solicitou para que não sejam reveladas particularidades [do caso], pois ainda cabe recurso", afirmou Bolsonaro, em entrevista ao canal Faroeste à Brasileira.
"A boa noticia é que no sábado de manhã no Aeroporto de Brasília tem voo, e minha esposa irá para lá. Está convidada. Ela vai fazer sua parte", seguiu.
O documento de Bolsonaro foi apreendido pela Polícia Federal em fevereiro de 2024 diante do avanço das investigações sobre uma suposta tentativa de golpe de Estado para manter Bolsonaro no poder, que teria envolvido o ex-presidente, aliados e militares próximos.
Em novembro do ano passado, Bolsonaro e mais 39 pessoas foram indiciadas pela PF por tentativa de golpe de Estado e abolição violenta do Estado Democrático de Direito.
O caso está sob análise da Procuradoria-geral da República (PGR), que deve decidir até fevereiro se os investigados serão ou não denunciados ao Supremo. Há expectativa no STF de que eles sejam formalmente acusados.