Após ser condenado no TSE, Bolsonaro diz que 'não está morto'; vai recorrer

O ex-presidente criticou a postura do Tribunal Superior Eleitoral, alegando que foi proibido até mesmo de fazer transmissões ao vivo (lives) da sua residência oficial

Após ser condenado no TSE, Bolsonaro diz que 'não está morto' | Reprodução
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Após o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidir, por maioria, pela condenação e consequente inelegibilidade de Jair Bolsonaro (PL), ele afirmou em Belo Horizonte que não está politicamente "morto" e que está considerando a possibilidade de recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF).

Durante uma entrevista coletiva, Bolsonaro declarou que acredita ter sido a primeira condenação por abuso de poder político e que se trata de um crime que não envolve corrupção. O ex-presidente criticou a postura do Tribunal Superior Eleitoral, alegando que foi proibido até mesmo de fazer transmissões ao vivo (lives) da sua residência oficial, o Palácio da Alvorada.

Bolsonaro também alegou que o TSE trabalhou contra suas propostas e que, durante seu mandato, ele respeitou a Constituição, mesmo que em algumas ocasiões tenha sido contrário a ela.

Bolsonaro mencionou alguns episódios em que sua campanha sofreu derrotas no TSE. Ele afirmou que o tribunal o proibiu de mostrar imagens de Lula defendendo o aborto, embora na decisão não tenha sido julgado o mérito do conteúdo, mas sim identificado um impulsionamento irregular do vídeo.

Ele também citou o momento em que o TSE o proibiu de exibir uma imagem de Lula no Morro, associada à sigla "CPX". Na ocasião, foi determinado que as postagens que associavam a sigla a uma facção criminosa fossem removidas, uma vez que "CPX" é uma abreviação de "Complexo", referindo-se a um complexo de favelas.

Jair Bolsonaro avaliou que foi julgado pelo "conjunto da obra" e não apenas pela reunião com os embaixadores, que foi a origem da ação movida pelo PDT que resultou em sua inelegibilidade.

O ex-presidente afirmou que, em seu julgamento, houve uma mudança na jurisprudência em relação ao caso da chapa Dilma-Temer em 2017. Naquela ocasião, o tribunal não aceitou outras cinco infrações que não estavam no pedido inicial feito pelo PSDB, que moveu a ação.

Apesar de não apresentar provas, o ex-presidente voltou a defender o "voto impresso", que foi uma das motivações para sua condenação. Ele mencionou que tem lutado por essa causa desde 2012 e argumentou que buscar adicionar camadas de segurança ao processo eleitoral não é um crime.

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