O pastor da Assembleia de Deus, Silas Malafaia, costuma utilizar seu perfil no Twitter para compartilhar opiniões polêmicas. O problema é que o religioso esquece de deletar publicações que podem lhe comprometer futuramente.
Em fevereiro deste ano, ele fez uma publicação para parabenizar Eduardo Cunha (PMDB-RJ) que havia sido eleito presidência da Câmara: "Parabéns ao novo presidente da Câmara, deputado evangélico Eduardo Cunha, uma vitória espetacular. Humilhou o governo e o PT. Vão ter que nos aturar”.
Na semana passada, ele fez uma nova publicação envolvendo Cunha. Desta vez, porém, diz nunca ter apoiado Cunha que agora está sendo investigado pela Procuradoria-geral da República, sob suspeita de corrupção e lavagem de dinheiro: "Para que ninguém tenha dúvida. Nunca apoiei Cunha para deputado, o deputado que apoio no RJ é Sóstenes Cavalcante [PSD]. Não suporto ver esse jogo sujo”.
Na última segunda-feira, o Supremo Tribunal Federal (STF) aceitou denúncia contra Eduardo Cunha, que é acusado de usar a Assembleia para receber R$ 250 mil dos US$ 5 milhões de propina pagos pelo consultor Júlio Camargo da Toyo Setal por contratos do estaleiro Samsung Heavy Industries para a construção de navios-sondas.