O depoimento do ministro da Controladoria Geral da União (CGU), Wagner Rosário, nesta terça-feira, 21, foi interrompido após a inquirição da senadora Simone Tebet (MDB-MS). O depoente chamou a senadora de descontrolada e houve bate-boca geral. No final, o ministro saiu da CPI na condição de investigado.
A senadora Simone Tebet (MDB-MS) lamentou que a CGU não tenha acompanhado a compra da vacina Covaxin, como havia sido definido. Para ela, o ministro Wagner Rosário "passou pano" e deixou suas funções de controle interno preventivo para fazer uma defesa intransigente do Ministério da Saúde e do governo federal no caso das negociações da vacina indiana.
"No momento em que mostramos todas as incongruências e [o ministro] não aguentou, passou para falas infelizes", disse a senadora, que não falou sobre a controvérsia se o ministro teria sido machista com ela.
Ao lado dos senadores Luiz Carlos Heinze (PP-RS) e Fernando Bezerra Coelho (PTB-PE), o senador Marcos Rogério (DEM-TO) acusou o relator da CPI, Renan Calheiros, e o comando da CPI de querer controlar a narrativa e montar uma "arapuca" para o ministro Wagner Rosário. Uma mostra disso, afirmou Marcos Rogério, é que apenas o senador Eduardo Girão (Podemos-CE), entre os senadores da base de apoio ao governo, teve a oportunidade de fazer perguntas ao ministro da CGU.