Na noite desta quarta-feira (25/10), a segunda denúncia contra o presidente Michel Temer foi barrada na Câmara dos Deputados. Após conseguir passar por mais essa, aliados do presidente afirmam que agora ele vai apostar em três linhas de atuação para virar essa página: a Reforma da Previdência, uma trincheira econômica para colher os frutos das medidas já colocadas em prática e articulação política para solidificar sua aliança para tentar atuar nas eleições de 2018 tanto na disputa para presidente quanto nas composições das regiões.
O principal objetivo do governo, a partir de agora, é fortalecer e dar prosseguimento a uma ‘agenda de modernização do Brasil’, priorizando as agendas pró-mercado financeiro e seguindo diretrizes do “Ponte para o futuro”, documento elaborado por seu núcleo ainda durante o governo Dilma Rousseff e que era apresentado como carta de intenções antes de sua posse.
A frente legislativa diz respeito às propostas que terão atenção total de Temer e de seus aliados. Superada a denúncia, a primeira medida dessa lista é a reforma previdenciária. O governo seguirá insistindo na votação ainda este ano, embora aliados reconheçam que é muito difícil obter maioria para obter a emenda.
Esse também é o discurso mais recente do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles. O ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, já vem conversando com o relator da proposta na Câmara, deputado Arthur Maia (PPS-BA), e orientou que o parlamentar passe a medir a temperatura dos partidos aliados para ver se há real possibilidade de aprovação.
As medidas provisórias (MPs) do ajuste fiscal, que, entre outras coisas, adiam o reajuste salarial de servidores federais para 2019, também estão entre as prioridades imediatas. Fecha a lista a simplificação tributária, outra prioridade do governo.