Apesar das divergências com a ex-senadora Marina Silva, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), afirmou nesta segunda (23) que o PSB é um aliado importante do ponto de vista programático na sua campanha pela reeleição. O partido terá a vaga de vice na chapa do tucano.
O nome mais cotado do PSB para ser vice de Alckmin é o deputado Márcio França, ex-prefeito de São Vicente (SP) e ex-secretário de Turismo de São Paulo. Foi ele quem convenceu Campos a fechar com o PSDB.
A aliança, que dá palanque duplo no Estado aos presidenciáveis Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB), é rechaçada por Marina, vice de Campos.
A ex-senadora questiona a aliança, ao propor uma renovação política como alternativa à polarização entre petistas e tucanos.
O apoio dá a Alckmin cerca de um minuto a mais na propaganda eleitoral de rádio e TV, totalizando aproximadamente seis minutos em cada bloco de 25 minutos.
Nesta segunda, Alckmin disse que alianças semelhantes a essas acontecem porque "o Brasil tem um excesso de partidos". Ele afirmou que, com o acordo, pretende que o PSDB esteja mais próximo de um "projeto social".
A fala de Alckmin foi interpretada por aliados como uma tentativa de aproximação com Marina, que prega que seu grupo político, a Rede, precisa fazer alianças a partir de programas.
Na sexta (20), Campos afirmou que as campanhas nos Estados serão feitas seguindo "as ideias e o programa" do PSB. A legenda se uniu ao PT no Rio e apoiará o senador Lindbergh Farias. Em troca, lançará o ex-jogador de futebol e deputado federal Romário ao Senado.
Campos optou por ficar na órbita das siglas adversárias para garantir exposição nos palanques do Sudeste, onde é pouco conhecido.
Em Minas Gerais, ele ensaiou uma aliança com o PSDB. Marina, porém, é contra. O PSB estuda lançar o deputado federal Júlio Delgado como candidato.