Antes de Aécio, ex-presidente Lula havia proposto mandato de 5 anos sem reeleição

A possibilidade de um presidente poder se reeleger foi possível desde 1998

Lula e Aécio Neves | Reprodução
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Não é de hoje que um segundo mandato consecutivo é questionado no meio político. O assunto voltou à tona com declarações do senador Aécio Neves (PSDB-MG), possível candidato tucano à Presidência da República no ano que vem. Para ele, o vencedor do próximo pleito deveria ter um mandato único de cinco anos.

A possibilidade de um presidente poder se reeleger foi possível desde 1998. À época, o então presidente Fernando Henrique Cardoso conseguiu em primeiro turno emplacar mais um mandato.

Antes de ser reeleito, em 2006, Luiz Inácio Lula da Silva também chegou a criticar a possibilidade do segundo mandato consecutivo e propor 5 anos de gestão sem reeleição. "Eu acho que a reeleição não é uma coisa boa para o Brasil, acho que, no futuro, nós vamos ter que abolir a reeleição da legislação eleitoral brasileira", disse o petista no início de 2006.

Lula aproveitava o tema, em diversas vezes, para criticar seu antecessor. O petista aprovava os primeiros quatro anos de Fernando Henrique Cardoso no poder, mas dizia que o segundo mandato havia sido insatisfatório.

A defesa não foi apenas retórica. No início do seu segundo mandato, Lula estava empenhado no assunto e o Executivo chegou a trabalhar para que deputados e senadores fizessem o assunto realmente andar no Congresso Nacional. Em 2009, no entanto, o ex-presidente recuou após ?calcular? que o mandato único poderia favorecer o PSDB ? rivais internos, Aécio e José Serra poderiam fazer um acordo de apoio mútuo.

Apesar de recorrente entre políticos, o assunto não é exatamente um tema da agenda popular. O cientista político Leonardo Barreto observa que ?as pessoas não estão insatisfeitas com a reeleição e o não estão indo às ruas protestar contra oito anos de mandato?.

?É uma coisa que tem mais a ver com o jogo do que com uma agenda de aperfeiçoamento das instituições?, avalia Barreto. ?É mais uma sinalização para os outros jogadores para formação de alianças políticas?.

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