O presidente Lula (PT) passou por uma trepanação para drenar uma hemorragia intracraniana na madrugada desta terça-feira (10). O procedimento, que consiste em perfurar o crânio para liberar o sangue acumulado, foi realizado após o presidente relatar dor de cabeça persistente e desorientação, sintomas clássicos da condição. A cirurgia ocorreu sem complicações, e Lula permanece em observação na UTI, com previsão de alta nos próximos dias, segundo a equipe médica.
O processo de trepanação segue uma sequência precisa. Exames de imagem, como tomografias, identificam o local exato do sangramento. Na sala de cirurgia, o paciente recebe anestesia geral antes de o cirurgião cortar a pele e perfurar o osso do crânio com uma ferramenta semelhante a uma furadeira.
A broca cria um orifício de cerca de três a quatro centímetros para acessar o hematoma. Segundo o neurocirurgião Roger Schmidt Brock, do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, o furo deve ser feito no centro do coágulo para garantir a drenagem correta.
Com o hematoma acessado, o sangue acumulado é liberado, e uma sonda faz a lavagem com soro fisiológico para limpar o local. Um dreno, que funciona como um cateter, é inserido para remover o sangue e resíduos restantes.
O neurocirurgião Mauricio Panicio, da Unifesp, explica que não é necessário reconstruir o osso perfurado, pois a cicatrização ocorre naturalmente. A incisão na pele é fechada com pontos, e o paciente segue para a UTI, onde permanece sob observação por pelo menos 48 horas.
queda NO BANHEIRO DO ALVORADA
De acordo com a equipe médica, a hemorragia foi causada por uma queda sofrida por Lula no Palácio da Alvorada em 19 de outubro. O presidente apresentou boa recuperação, sem sequelas, e poderá retomar suas atividades normais, incluindo viagens de avião, após o período de recuperação.
Os médicos destacam que hemorragias desse tipo são comuns em pessoas idosas e podem surgir dias ou até meses após a queda, como foi o caso de Lula.
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