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Amigos? Fotos chocantes mostram Rodrigo Bacellar junto com TH Joias

De acordo com a investigação, TH Jóias utilizava o cargo na Alerj para atuar em favor de uma facção criminosa.

Rodrigo Bacellar com TH Joias, acusado de envolvimento com facção. | Foto: Reprodução
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A prisão do presidente da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), Rodrigo Bacellar (União Brasil), nesta quarta-feira, ocorre meses depois de uma das maiores ações contra o crime organizado com ramificações no poder público. Em setembro, o deputado estadual Thiego Raimundo dos Santos Silva, o TH Jóias, foi detido em um condomínio de luxo na Barra da Tijuca durante a Operação Zargun, conduzida pela Polícia Federal, Ministério Público Federal (MPF), Ministério Público do Rio (MPRJ) e pela Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (Ficco-RJ).

De acordo com a investigação, TH Jóias utilizava o cargo na Alerj para atuar em favor de uma facção criminosa. Ele é acusado de intermediar negociações de drogas, fuzis e equipamentos antidrones destinados ao Complexo do Alemão, além de ter indicado para seu gabinete a esposa de Gabriel Dias de Oliveira, o Índio do Lixão, apontado como traficante e também preso.


MANDADOS E ALVOS DA INVESTIGAÇÃO

No dia em que a operação foi deflagrada, em 3 de setembro, foram expedidos 18 mandados de prisão preventiva, dos quais 15 foram cumpridos, além de 22 mandados de busca e apreensão em endereços da Barra da Tijuca, Freguesia e Copacabana. Na própria Alerj, agentes recolheram um malote com materiais apreendidos.

Entre os alvos estava Índio do Lixão, identificado pela PF como responsável por movimentar R$ 120 milhões em cinco anos. Ele seria braço direito de Luciano Martiniano da Silva, o Pezão, líder do Comando Vermelho no Complexo do Alemão. As investigações apontam ainda que Índio pagava policiais para garantir proteção às atividades do grupo.


OUTROS ENVOLVIDOS

A força-tarefa também prendeu o delegado da Polícia Federal Gustavo Stteel, lotado no Aeroporto Internacional do Galeão. Stteel mantinha uma rotina de viagens para destinos internacionais e exibia relógios de alto valor, como um Rolex GMT-Master II avaliado em cerca de R$ 100 mil, segundo os investigadores.


O PAPEL DE TH JÓIAS NA FACÇÃO

O procurador-geral de Justiça, Antônio José Campos Moreira, afirmou que, apesar de não ser possível dizer que a facção tenha eleito o parlamentar, seu mandato teria sido usado para atender aos interesses do grupo criminoso.

“O parlamentar foi eleito para, valendo-se do mandato, beneficiar a organização criminosa. Isso porque, antes de ser político, ele já integrava o Comando Vermelho, inclusive com condenação por envolvimento. O simples fato de exercer o mandato e nomear assessores com ligação direta mostra que o papel dele era o de favorecer a organização criminosa” — disse.


PRISÃO DE BACELLAR

A nova fase da investigação alcançou nesta quarta o presidente da Alerj, Rodrigo Bacellar, suspeito de vazar informações sigilosas relacionadas ao caso. A prisão do chefe do Legislativo fluminense amplia o impacto político da Operação Zargun e reforça o alerta sobre a infiltração de redes criminosas em estruturas do Estado. 

FOTOS SUGEREM PROXIMIDADE DE BACELLAR E TH

Fotos publicadas em redes sociais sugerem uma amizade entre o parlamentar e TH Joias; veja:

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