SÃO PAULO - Vitoriosos nas eleições à Presidência deste domingo, os partidos que apoiaram a campanha da petista Dilma Rousseff também ficaram com a maioria dos governos estaduais.
No total, o PT junto com o PMDB e o PSB - que compuseram a aliança em torno da candidata - levaram 15 Estados e o governo do Distrito Federal, cuja conquista foi obtida neste domingo por Agnelo Queiroz, ex-ministro do Esporte no governo Luiz Inácio Lula da Silva.
Além do Distrito Federal, o PT ficou com quatro Estados: Acre, Bahia, Sergipe e Rio Grande do Sul. No entanto, o grande vencedor da aliança governista foi o PSB, um partido que alcançou seis Estados, após consolidar hoje as vitórias no Amapá, na Paraíba e no Piauí.
Os principais colégios eleitorais do país, no entanto, ficaram com o PSDB, que já havia garantido no primeiro turno os governos de São Paulo, Minas Gerais, Paraná e Tocantins.
Derrotados na campanha pelo retorno ao Planalto, os tucanos levaram - na distribuição por partido - a maior parte dos Estados brasileiros (8) - adicionando no segundo turno os governos de Goiás, Pará, Alagoas e Roraima.
Outros três governos estaduais serão administrados nos próximos quatro anos por aliados da campanha de José Serra: os Democratas venceram em Santa Catarina e no Rio Grande do Norte, enquanto o PMN, com Omar Aziz, vai governar o Amazonas.
Apesar das divergências partidárias, Dilma prometeu em seu discurso após a vitória não menosprezar nenhuma região do país e convidou os eleitos - o que inclui os senadores e deputados vencedores no primeiro turno - a trabalhar em uma ação \\\"determinada, efetiva e enérgica\\\" em prol do país.
Também garantiu que a filiação partidária não será usada como critério na seleção de quadros na administração pública, prometendo estimular a \\\"meritocracia\\\".
Com uma diferença de quase 12 milhões de votos, Dilma superou Serra com 56,03% dos votos válidos, conforme dados obtidos quando 99,83% dos votos já haviam sido apurados.
Na contagem da disputa presidencial, os votos brancos somaram 2,3% do total e os nulos, 4,4%. A abstenção neste domingo ficou em 21,48%, acima da taxa de 18,12% registrada no primeiro turno.