Aliados aconselham Lula a deixar indicação ao STF para 2024, saiba o motivo

O círculo governista avalia que Davi Alcolumbre pode congestionar sabatina, caso seu favorito não seja o escolhido

Presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) | REUTERS
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Integrantes do governo com influência no meio judiciário aconselharam o presidente Luís Inácio Lula da Silva (PT) a postergar a indicação para o Supremo Tribunal Federal (STF) que preencherá a vaga deixada pela ex-ministra Rosa Weber. Os aliados do presidente consideram dois fatores cruciais para essa decisão.

Em primeiro lugar, argumentam que anunciar o escolhido neste momento poderia resultar apenas em desgaste para o indicado de Lula. Ressaltam que a votação na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, fase anterior à posse no STF, pode enfrentar consideráveis atrasos.

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Eles destacam que Davi Alcolumbre, presidente da CCJ com a prerrogativa de agendar a pauta, possui histórico de atrasar as indicações (exemplificado pela demora de quatro meses para André Mendonça e para vagas no STJ). Os aliados de Lula sugerem que a prolongada espera seria utilizada por Alcolumbre como uma moeda de troca nas negociações com o Planalto.

O senador, que buscava manter Augusto Aras na Procuradoria-Geral da República (PGR), não obteve sucesso. Agora, ele almeja recuperar o controle sobre a liberação de emendas parlamentares, um recurso que, durante sua presidência no Senado, conferiu-lhe significativo poder.

Assim, caso Bruno Dantas não seja o escolhido de Lula (preferido por Davi Alcolumbre), há uma considerável possibilidade de uma espera prolongada, o que não seria favorável para o governo, até a sabatina do indicado na CCJ.

Além do ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), outros candidatos em destaque são o ministro da Justiça, Flávio Dino (PSB-MA), considerado favorito, e o advogado-geral da União, Jorge Messias.

Membros do governo ressaltam que faltam menos de 50 dias para dezembro, um mês historicamente pouco movimentado no Congresso Nacional. Argumentam que, para atenuar a influência de Alcolumbre, a estratégia mais eficaz seria que Lula adiasse a indicação para 2024.

Antes disso, seria aconselhável utilizar o tempo para negociar com Alcolumbre e fortalecer a articulação política no Senado, que detém o poder de aprovar ou reprovar o nome indicado ao STF.

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