O deputado federal Hélio Lopes (PL-RJ), aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro, deixou na madrugada deste sábado (26/07) o acampamento que havia montado na Praça dos Três Poderes, em Brasília. A saída aconteceu após determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Na tarde de sexta-feira (25), Lopes levou uma barraca para a praça e anunciou que permaneceria no local em greve de silêncio contra decisões da Corte.
Protesto teve apoio de aliados
A manifestação de Lopes atraiu parlamentares como o deputado Coronel Chrisóstomo (PL-RO) e um grupo de apoiadores. A presença dos manifestantes mobilizou as forças de segurança, que isolaram a área com grades e reforçaram o policiamento com equipes da Força Nacional, da PMDF e do DF Legal.
O protesto ocorre em meio ao processo que investiga Bolsonaro e ex-assessores por tentativa de golpe de Estado. Na semana passada, Moraes determinou que o ex-presidente use tornozeleira eletrônica para evitar possível fuga durante o andamento do processo.
Governador do DF notificou pessoalmente
Por volta da meia-noite, o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, compareceu pessoalmente à praça para notificar os manifestantes. Ele explicou que havia sido intimado por Moraes a cumprir a ordem de desocupação, expedida no inquérito das fake news.
Ibaneis estava acompanhado do secretário de Segurança Pública, Sandro Avelar, e de advogados dos parlamentares. Após a leitura da decisão, os deputados optaram por sair pacificamente. Vale lembrar que, em 2023, Ibaneis chegou a ficar 90 dias afastado do cargo por determinação de Moraes, que entendeu haver omissão do governo local nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro.
Parlamentares prometem recorrer
Em um vídeo gravado no local, Chrisóstomo afirmou que o governador do Distrito Federal os notificou pessoalmente. “Recebemos uma intimação, que veio o governador do DF pessoalmente notificar, com ordem do ministro — já sabem qual — para que pudéssemos desocupar. Estamos aqui com o Hélio Negão também. Vamos tratar com o nosso desembargador e advogado. Nós somos obedientes, mas vamos seguir orientação jurídica.”