O ministro Alexandre de Moraes, do STF, retirou nesta terça-feira (26) o sigilo do relatório da Polícia Federal sobre o "inquérito do golpe", que investiga a tentativa de golpe de Estado em 2022, no fim do governo Jair Bolsonaro.
Moraes manteve o sigilo da delação premiada do coronel Mauro Barbosa Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, e enviou o material à PGR, responsável por decidir sobre eventuais denúncias, previstas para fevereiro de 2025 devido ao recesso e à extensão do documento.
O relatório da Polícia Federal, enviado ao STF na quinta-feira (21), indicia 37 pessoas por envolvimento na tentativa de golpe, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), dois ex-ministros e outros integrantes de sua gestão.
INVESTIGAÇÃO COMEÇOU EM 2023
Desde 2022, a PF investiga a tentativa de golpe de Estado ligada à eleição de Lula e ações subsequentes. A apuração abrange discursos do governo Bolsonaro contra as urnas eletrônicas e o TSE, as "minutas do golpe" encontradas com Anderson Torres, Mauro Cid e na sede do PL, além de planos revelados pela operação Contragolpe, que incluíam assassinatos de autoridades. Os atos golpistas de 8 de janeiro de 2023 são investigados separadamente.