Ahmadinejad exige forças estrangeiras fora do Oriente Médio

No discurso, transmitido ao vivo pela televisão estatal, Ahmadinejad também atacou Israel

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O presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, exigiu hoje a saída das tropas estrangeiras do Oriente Médio e de toda a Ásia, ao afirmar que sua presença é a causa principal da instabilidade e da falta de segurança na região.

As declarações, em seu tom mais belicoso, chegam menos de 24 depois de acusar os Estados Unidos de serem o causador da proliferação de armas nucleares no mundo e sugerir uma nova ordem no Conselho de Segurança da ONU.

"A desunião e a ruptura entre os países do Oriente Médio é fruto da presença das forças estrangeiras aliadas na região e da existência de suas bases", argumentou Ahmadinejad em discurso pelo Dia Nacional das Forças Armadas do Irã.

"Não existe necessidade ou pretexto para que se prolongue sua presença na região. Devem abandonar a região de uma vez. Não é um pedido, é uma exigência sincera de todos os povos da zona", acrescentou.

No discurso, transmitido ao vivo pela televisão estatal, Ahmadinejad também atacou Israel, para ele o maior instigador do terrorismo e da violência na região.

"A política do regime sionista é dividir. Está por trás de todos os atos de sedição no Oriente Médio", assinalou o líder, que assegurou que "todos os países da região" desejam que Israel desapareça.

"Se realmente estão interessados em contribuir à segurança na região, devem desmantelar suas bases e interromper seu apoio a Israel", acrescentou.

O Irã, submetido a um embargo militar desde os anos 1980, desenvolve desde 1992 um ambicioso programa bélico nacional que lhe permitiu modernizar seu arsenal e, como crê o Ocidente, dotá-lo de mísseis de médio alcance, fragatas, submarinos, carros de combate e sistemas de defesa aérea.

Grande parte da comunidade internacional, com os EUA à frente, acusa ao regime iraniano de ocultar, sob seu programa civil, outro de natureza clandestina e ambições bélicas cujo objetivo seria adquirir um arsenal atômico, o que é negado por Teerã.

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