O governo já comemora, nos bastidores, o que chama de a "novidade" do momento: o retorno do PV, pós Marina Silva, para a base da presidente Dilma Rousseff. O partido ainda negocia os termos da união. As conversas ocorrem um mês após Marina ter deixado a sigla, levando consigo parte expressiva dos 19,6 milhões de votos conquistados em 2010.
O casamento, segundo os verdes, depende de gestos do Planalto. Presidente da legenda, José Luiz Penna defende uma agenda socioambiental capaz de atraí-los à órbita de Dilma. Na gestão Lula, a sigla comandou o Ministério da Cultura. Distanciou-se do Executivo em 2010 para lançar Marina à Presidência.
"Tentamos muito ficar independentes. Mas, diante da crise econômica [mundial], a gente está disposto a rever. Com a gravidade internacional, precisamos trabalhar para o país", disse Penna. E acrescentou: "Ainda não temos um horizonte definido, isso dependerá do governo".
Na semana passada, o deputado José Sarney Filho (PV-MA) teve encontro com a ministra Ideli Salvatti (Relações Institucionais). Dilma deve recebê-lo em breve. O PV tem um integrante no Senado e 13 representantes na Câmara.