O agente da Polícia Federal preso na terça-feira (19) pela Operação Contragolpe tentou esconder seu celular ao ser interrogado sobre seu envolvimento em um plano de golpe de Estado, mas não conseguiu.
Conforme o blog da Daniela Lima, do g1, o agente vazou informações sobre a segurança do presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante o período de transição após a eleição de 2022. Wladimir Soares, segundo o blog, decidiu depor à PF e, embora tenha tentado esconder seu celular, teve o aparelho apreendido e optou por falar sob o mandado de prisão.
DEPOIMENTO
Wladimir Soares prestou um longo depoimento, esclarecendo pontos importantes da investigação, que já estava avançada, segundo fontes ouvidas pela jornalista. Além dele, quatro militares das forças especiais do Exército foram detidos: o general de brigada Mario Fernandes (na reserva), os tenentes-coronéis Helio Ferreira Lima e Rafael Martins de Oliveira, e o major Rodrigo Bezerra Azevedo. No total, cinco pessoas foram presas com autorização do Supremo Tribunal Federal (STF).
SOBRE A OPERAÇÃO
A operação da Polícia Federal, deflagrada na terça-feira, mira a organização criminosa responsável por planejar um golpe de Estado e os assassinatos do presidente Lula, do vice Alckmin e do ministro Alexandre de Moraes, do STF, após as eleições de 2022.
A investigação foca na atuação dos militares das Forças Especiais do Exército, conhecidos como "kids pretos", que elaboraram o "Punhal Verde e Amarelo", um plano detalhado para matar os três. O esquema foi discutido em 12 de novembro de 2022, na casa do general Walter Braga Netto, ex-ministro da Defesa e candidato a vice na chapa de Bolsonaro, com a intenção de ser executado antes da posse de Lula em janeiro de 2023.