O ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha (PMDB-RJ) gastou o equivalente a R$ 569 mil em voos entre Brasília e Rio de Janeiro no período em que esteve afastado da presidência da Casa. O levantamento foi feito com base em dados disponibilizados pela FAB (Força Aérea Brasileira) e em cotações com empresas de táxi aéreo.
Eduardo Cunha ficou afastado da presidência da Câmara entre os dias 5 de maio (quando o STF decidiu pelo seu afastamento) e 7 de julho, quando ele renunciou ao cargo.
Presidentes da Câmara, do Senado e do STF (Supremo Tribunal Federal) têm direito a utilizar jatos da FAB para seus deslocamentos a trabalho e no retorno às cidades onde residem. Tanto o presidente interino, Michel Temer, quanto a presidente afastada, Dilma Rousseff (PT), também têm direito a utilizar voos da FAB em seus deslocamentos. Uma decisão da Justiça Federal do Rio Grande do Sul, no entanto, determinou que Dilma deverá ressarcir os custos de seus voos pela FAB enquanto estiver afastada.
No período em que esteve afastado do cargo, Cunha continuou mantendo benefícios destinados ao presidente da Câmara, como a residência oficial e voos da FAB entre Brasília e seu local de residência.
De acordo com a FAB, Eduardo Cunha fez 13 voos entre os dias 5 de maio (data de seu afastamento) e 7 de julho (dia em que ele renunciou à presidência da Câmara). Foram sete voos partindo de Brasília para o Rio de Janeiro e seis voos partindo do Rio de Janeiro para Brasília.