Nesta terça-feira (16), os advogados do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB) apresentaram ao Supremo Tribunal Federal uma ação realizando o pedido de mais tempo para articular a defesa do parlamentar em relação ao Conselho de Ética da Casa, que pede a cassação do seu mandato.
De acordo com informações dos advogados do deputado, o pedido pede a abertura de um novo prazo para defesa do peemedebista já que houve a substituição do primeiro relator do caso, Fausto Pinato por Marcos Rogério.
Segundo alega Marcelo Nobre, Cunha deveria ter sido notificado pelo Conselho de Ética da substituição de Pinato e aberto um prazo de 10 dias apenas para uma defesa preliminar.
Cunha é alvo de processo de cassação sob a acusação de ter mentido à CPI da Petrobras quando disse, em março do ano passado, que não possui contas no exterior. Posteriormente documentos do Ministério Público da Suíça apontaram a existência de três contas no país europeu ligadas ao presidente da Câmara.
Além do processo por quebra de decoro parlamentar, o presidente da Câmara é alvo de um inquérito no Supremo Tribunal Federal que apura se as contas foram usadas para lavagem de dinheiro. Cunha também foi denunciado pelo procurador-geral da República por suspeita de receber US$ 5 milhões em propina do esquema de corrupção da Petrobras.