O advogado Alexandre Lopes Reis Boeira, acusado de racismo qualificado após a publicação de diversas postagens com teor antissemitas, homofóbicas e com apologia ao nazismo, foi condenado a 2 anos, 4 meses e 24 dias de reclusão. Entre as publicações de Lopes, está um comentário acusando o ex-presidente Jair Bolsonaro de manter um "amor gay" com o presidente dos EUA, Donald Trump.
Além de afirmar que Bolsonaro e Trump mantinham um romance, o advogado também declarou que o ex-presidente seria "amante" de judeus. O conteúdo, ainda, reverenciava o ditador nazista Adolf Hitler e enaltecia Joseph Goebbels, ex-ministro da propaganda da Alemanha Nazista.
O caso, que foi julgado inicialmente em julho de 2023 pela 22ª Vara Federal de Porto Alegre, teve um recurso apresentado pela defesa de Alexandre Lopes, mas a decisão foi mantida pela 7ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), em fevereiro de 2024.
Após o Supremo Tribunal de Justiça rejeitar o recurso, a condenação foi confirmada em última instância. O advogado não está preso e pode recorrer da decisão em liberdade. A condenação considerou o teor antissemita e de apologia ao nazismo amenizados, assim como os conteúdos transfóbicos e homofóbicos, e decidiu manter a condenação por racismo qualificado.