A um mês do recesso, Congresso promete manter ritmo de votação

Se depender dos líderes governistas das duas Casas, o foco continua na votação das medidas provisórias

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O recesso parlamentar de duas semanas no meio do ano já obriga os parlamentares a ranquear os projetos em análise e organizar as articulações entre base governista e oposição para as votações no Congresso Nacional. Se depender dos líderes governistas das duas Casas, o foco continua na votação das medidas provisórias que trancam as pautas em plenário.

Na Câmara dos Deputados, o líder do governo, Cândido Vaccarezza (PT-SP), pretende colocar em votação as MPs 526/11, que autoriza a União a conceder crédito de R$ 55 bilhões ao BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) para aumentar a capacidade de financiamentos; e a MP 527/11, que cria a Secretaria de Aviação Civil e contém a polêmica emenda do RDC (Regime Diferenciado de Contratações) para obras ligadas à Copa do Mundo de 2014 e às Olimpíadas de 2016.

Se houver acordo, esta será a quarta tentativa de votação do RDC, que propõe a flexibilização das licitações das obras ?projeto questionado por possivelmente diminuir a transparência nas contratações emergenciais e aumentar os casos de corrupção, segundo críticos da oposição do governo.

No Senado, o líder do governo, Romero Jucá (PMBD-AP), pretende concretizar a aprovação da MP 525/11 que perderá validade nesta terça-feira (14). Ela altera a lei 8.745/93 e autoriza a contratação temporária de professores para trabalharem nas instituições federais de ensino e em projetos de educação técnica e tecnológica.

Antes do recesso nas duas últimas semanas de julho, as festas juninas também ajudam a esvaziar o Congresso devido à demanda dos Estados, em especial os do Nordeste.

Até julho, os congressistas devem negociar uma lista de projetos para serem votados em um esquema de ?força tarefa?, mas temas polêmicos, como reforma do Código Florestal e o piso salarial de policiais e bombeiros, devem ficar para o próximo semestre.

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