90% das prefeituras tem parentes, diz Paulo Martins

O deputado ressalta que o fato de uma só família ocupar os principais postos de um município

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O deputado Paulo Martins (PT) denunciou nesta quarta-feira (03), da tribuna da Assembl?ia Legislativa, que em 90% das prefeituras do Piau? h? emprego desordenado de parentes, funcionando com no verdadeiras empresas familiares, facilitando com isso a corrup??o e o desvio de dinheiro p?blico. Sem citar nomes e nem o munic?pio, Paulo Martins disse que uma s? fam?lia recebe mais de R$ 800 mil dos cofres da prefeitura entre 2005 e 2008.

Segundo Paulo Martins, o Supremo Tribunal Federal est? de parab?ns, embora tenha assumido uma compet?ncia que era do Congresso, foi aprovar o fim do nepotismo em todas as esferas dos poderes, o que vai dar mais transpar?ncias ?s administra?es e coibir o desvio de dinheiro p?blico.

O deputado ressalta que o fato de uma s? fam?lia ocupar os principais postos de um munic?pio fica mais f?cil fraudar licita?es, desviar os recursos p?blicos.

Os deputados Marden Menezes (PSDB) e Warton Santos apartearam o discurso de Paulo Martins. Marden lembrou que em 1982, o ent?o prefeito Luiz Menezes, seu pai, teve que lan?ar m?o de parentes para ocupar os cargos de confian?a da prefeitura por falta de pessoal capacitado para exerce-los. Na ?poca, Piripiri deixou a sexta posi??o na economia piauiense e passou a ser a terceira cidades mais importante do Estado.

Ainda segundo Marden, a s?mula vinculante (n? 13/2008) do Supremo Tribunal Federal, ao propor o corte generalizado, o fim do nepostismo, pode ter prejudicado pessoas que s?o competentes, embora com grau de parentesco com os gestores. ?Por?m, num balan?o, numa compara??o com os preju?zos, os benef?cios com o fim do nepotismo ser?o muito maiores?, previu Marden.

Warton Santos falou em seguida e tamb?m defendeu a exist?ncia de pessoas competentes nos cargos que ter?o que ser desocupados. ?A s?mula vai penalizar pessoas que nos ajudaram no in?cio e prestam servi?os a te hoje. Sou contra o cabide de emprego, mas tamb?m n?o concordo com esse radicalismo, essa injusti?a que se comete contra essas pessoas, que t?m compet?ncia sim?, avaliou.

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