A polícia descobriu quem são os autores do crime de latrocínio ? roubo seguido de morte ? que matou o subcomandante da Guarda Civil Municipal de Mairinque e sua mulher no dia 9 de agosto. Até agora, um homem foi preso e um adolescente apreendido. Os outros envolvidos no crime estão foragidos. O filho de dez anos, baleado junto com os pais, continua internado em estado grave.
Segundo a polícia, os bandidos invadiram a casa somente atrás de dinheiro, mas resolveram matar a família porque ficaram com medo de serem reconhecidos, já que o mentor do crime era ex-vizinho do casal.
Laércio de Souza Lanes e a mulher dele, Lindalva Prado Lanes, foram mortos dentro de casa em Mairinque, cidade a 70 km de São Paulo. O filho do casal, de dez anos, também foi atingido e continua internado em uma UTI (Unidade de Terapia Intensiva) em Sorocaba, no interior do Estado.
O homem que planejou o crime era um vizinho da família e está desaparecido. Ele era conhecido na região por fazer assaltos e usar drogas. De acordo com os policiais, foi ele quem fez os disparos. Pelo menos outras quatro pessoas também participaram da ação. Um menor de 17 anos deu entrada no pronto-socorro da cidade ferido por um tiro que pode ter partido de uma das armas roubadas da casa do Guarda Civil. O adolescente confessou o envolvimento dele e do irmão de 20 anos no crime. Os dois foram detidos. Mas o vizinho e outros dois integrantes continuam foragidos.
Antes de morrer, Lanes comprou uma casa em Sorocaba. A casa onde a família foi morta tinha sido vendida para o irmão do guarda municipal, que, depois do crime, desistiu de se mudar para lá. Para a polícia, os criminosos estavam em busca de R$ 200 mil que o subcomandante recebeu com a venda do imóvel. Mas o dinheiro nunca esteve nas mãos dele. O pagamento foi feito por meio de uma transação bancária.
O crime
Laércio de Souza Lanes, de 48 anos, e a mulher dele, Lindalva Lanes, de 38, foram encontrados mortos com tiros na cabeça no dia 9 de agosto. Lanes estava sentado na mesa de jantar. A mulher estava caída ao lado. O único sobrevivente à tentativa de assalto foi o filho do casal, que permanece internado no hospital.
O filho do subcomandante, de dez anos, também foi atingido por um disparo na cabeça. Ele passou por uma cirurgia para retirar estilhaços da bala e é mantido em coma induzido na UTI, em Sorocaba. Os médicos pretendem suspender os sedativos a partir desta terça-feira (20).