Vítima de rapto tem pedaço da orelha arrancada por ex-marido

Mulher foi raptada durante saída temporária do Dia dos Pais. Bebê de três meses também foi levado

Mulher foi agredida com socos, pontapés, golpes de enxada e mordidas | Reprodução/TV TEM
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A Polícia Militar de Jundiaí (SP) descobriu na manhã deste sábado (18) um cativeiro onde uma mulher e o filho dela de três meses foram mantidos reféns durante 10 dias. A vítima apresentava sinais de escoriações e teve parte da orelha arrancada por uma mordida do sequestrador, o ex-marido, que fugiu.

Segundo a mulher disse à polícia, ela e o bebê foram raptados na porta da Penitenciária Feminina do Butantã, na capital, onde cumpre pena por tráfico de drogas. A vítima, de 22 anos, teve direito ao benefício da saída temporária para passar o Dia dos Pais com a família.

Segundo o boletim de ocorrência, a detenta foi rendida pelo ex-marido, armado com uma faca, e obrigada a ir com ele até a casa da ex-sogra, em Jundiaí (SP), onde teria ficado em cárcere privado.

Aline Silvério dos Santos contou aos policiais que, durante o tempo em que ficou presa, foi agredida com socos, pontapés, golpes de enxada e mordidas, que chegaram a arrancar um pedaço de sua orelha.

A polícia foi até o local do cativeiro, no Jardim Copacabana, após ser acionada por vizinhos para atender uma ocorrência de briga de casal. Ao ver a viatura, Marcelo Aparecido dos Santos fugiu para um matagal e desapareceu.

Aline disse à polícia que o ex-marido, que não é pai da criança, chegou a jogar o bebê no chão e ameaçou bater nele com uma enxada, o que teria motivado a discussão entre os dois.

No local do cativeiro, a polícia apreendeu a faca que o homem teria usado no sequestro. A mãe do suspeito, que mora na casa, disse que não chamou a polícia antes por medo do filho.

A mãe e a criança foram levados ao Hospital São Vicente, onde estão em observação sob escolta policial.

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