A jovem de 21 anos, que foi estuprada no dia 2 de junho, durante os festejos de Santo Antônio, no município de Sigefredo Pacheco, fez os exames nesta terça-feira (13) para comprovação da violência sexual e conjunção carnal, no Samvis (Serviço de Atenção às Mulheres Vítimas de Violência Sexual), na Maternidade Dona Evangelina Rosa, no bairro Ilhotas, na zona Sul de Teresina.
Após prestar depoimento à polícia e ajudar nas investigações, a vítima concedeu uma entrevista a um portal da região de Campo Maior e falou sobre o ocorrido.
Logo no início, o repórter local pergunta para a jovem o que aconteceu na quinta-feira, 2 de junho de 2016: “Eu e duas amigas estávamos no festejo eles chamaram a gente, duas recuaram e só eu aceitei. Quando eu bebi um pouco eu já comecei a passar mal e as duas foram para o banheiro, quando elas voltaram eu já estava sentada na cadeira apagada”, declarou.
Em seguida, a vítima foi indagada se conhecia os rapazes que lhe ofereceram bebida, e ela respondeu que conhecia três que são da cidade.
O repórter perguntou ainda o que a jovem fez ao acordar no dia seguinte do estupro: “Uma amiga minha me falou que eu perguntei onde estava meu celular, depois ela veio me perguntar se eu lembrava do que tinha acontecido, mas eu não lembrava. Depois eu procurei os rapazes e eles falaram que iam me dar outro celular, aí me deram, mas até então eu não sabia de vídeo nenhum”, disse.
Após conseguir obter um novo celular, a jovem foi informada pelo vídeo por uma vizinha: “Eu liguei para minha vizinha e ela me perguntou se eu estava sabendo o que estava acontecendo, eu disse que não, e ela me disse que tinha um vídeo meu na internet, fui na casa dela, então ela me mostrou. Eu fiquei sem saber o que fazer quando vi, eu fui direto procurar a polícia, cheguei lá não tinha ninguém então eu voltei e fiquei na minha”, afirmou.
Em seguida, a vítima foi procurada pelos acusados, na tentativa de fazer com que ela não denunciasse o caso: “Eles me procuraram, e me pediram para que eu não denunciasse eles na delegacia, disseram que me davam qualquer quantia em dinheiro para eu não ir a polícia. Eles me pediram até pelo amor de Deus que eu não fizesse isso porque tinha um dos amigos que estava passando mal e estava em depressão. Eu quero que coloque o caso para frente, eu não quero que o que eles fizeram comigo façam com qualquer outra pessoa”, disse.