Casos de estupros ocorridos no Piauí assustam a população. Dois anos após o crime ocorrido no município de Castelo do Piauí, onde quatro meninas foram estupradas, apedrejadas e arremessadas de um barranco, sendo que uma delas morreu, os crimes de violência sexual contra menos continuam crescendo no Estado e chamam atenção pelo grau de crueldade.
No caso mais recente, uma jovem jovem de apenas 15 anos de idade que se encontra grávida foi estuprada e o namorado dela, identificado como Flaviano da Silva Marinho, de 19 anos, foi degolado na zona rural de Uruçuí. Três adolescentes acusados de praticar os crimes foram apreendidos.
Maria Du Carmo, do Conselho Tutelar, faz um alerta importante. De acordo com ela, os estupro de vulnerável, por exemplo, acontece dentro de casa e sem que ninguém perceba.
"Muitas vezes ocorre com parceiros de segundos relacionamentos, muitas vezes deixar seus meninos ou meninas sozinhos com seus companheiros pode ser perigoso. Nesse sentido, nós, do Conselho Tutelar, alertamos para os pais terem bastante atenção com o vizinho, que também precisa estar em alerta, ou até mesmo com o próprio pai”, afirmou.
A conselheira dá algumas dicas essenciais que devem ser seguidas pelos pais. “Crianças pequenas os pais precisam fazer a higienização, porque muitas vezes naquele momento do banho da criança ocorre um caso de violência sexual ou até do estupro mesmo. Além disso, é preciso observar qualquer situação incomum no comportamento do filho”, orientou.
Para a conselheira, pequenos detalhes podem representar possíveis problemas sofridos pela criança. “Nada pode ser descartado e qualquer situação, ou qualquer alerta os pais podem procurar o Conselho Tutelar ou a Delegacia de Proteção a Criança e o Adolescente”, reforçou.
O crime de exploração sexual também preocupa a população e autoridades locais. A maioria dos casos de exploração contra crianças e adolescente ocorre nas rodovias. A Polícia Rodoviária Federal (PRF) identificou mais de 10 pontos vulneráveis.
O inspetor Jonas Mata, em entrevista, afirmou que a PRF possui um projeto chamado Mapear, criado com objetivo de combater a prática de exploração sexual.
"Nós identificamos pontos vulneráveis em que possam existir crianças ou adolescentes sendo vítimas de exploração sexual. Alguns pontos como postos de combustíveis, paradas de caminhoneiros são constantemente fiscalizados, para identificarmos se existe alguém contratando crianças ou adolescentes que, por alguma circunstancia, estão se prostituindo naquele local", declarou.