Uma mulher de 28 anos foi covardemente agredida com tapas, chutes e puxões de cabelo por um policial militar em Itambaracá, no Norte do Paraná. O fato aconteceu na madrugada do último sábado (24).
As informações dão conta que a vítima estava em um bar com amigos quando os policiais chegaram para atender uma ocorrência de perturbação de sossego. Ela ainda foi arrastada pelas pernas, puxada pelos cabelos e jogada na calçada pelo agente. A mulher contou que teve lesões em várias partes do corpo.
“O que está mais dolorido é o meu joelho, mas fiquei com roxos nas pernas, minha cabeça está bem inchada também. Uma parte da minha costela, que foi na hora que eu caí na calçada, também dói bastante. Saiu bastante sangue do meu nariz”, disse.
Após as agressões, os policiais foram embora, e a vítima procurou um hospital. A mulher foi atendida e depois liberada.
PM é afastado
O 18º Batalhão da Polícia Militar, responsável por Itambaracá, divulgou informe que o policial foi afastado e remanejado “para outra função”. A assessoria de imprensa da PM disse, em nota, que está apurando o caso.
"A Polícia Militar do Paraná (PMPR) tomou conhecimento de um vídeo contendo imagens com indícios de irregularidades cometidas por policiais militares durante o atendimento de uma ocorrência em Itambaracá.
A PMPR reitera seu compromisso inabalável com os direitos humanos, a lei, a ordem e a ética, e repudia veementemente qualquer comportamento contrário a esses princípios.
A ação não reflete os valores e o profissionalismo da Corporação, que se dedica diuturnamente à proteção e ao bem-estar da população paranaense.
Salienta-se que já foi instaurado um Inquérito Policial Militar (IPM) para apurar todas as circunstâncias que envolvem a ocorrência".
O que dizem a Polícia Civil e o MP
De acordo com a Polícia Civil do Paraná, como o caso ocorreu durante uma ação militar, "está sendo tratado em Inquérito Policial Militar (IPM)".
O Ministério Público do Paraná (MP-PR) disse que está realizando as providências cabíveis pela Promotoria de Justiça de Andirá, em conjunto com o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), que tem atribuição no controle externo da atividade policial.