O empresário Igor Ferreira Sauceda, de 27 anos, motorista do Porsche amarelo, acusado de perseguir, atropelar e matar o motociclista Pedro Kaique Ventura Figueiredo, de 21 anos, chorou durante a audiência de custódia na Justiça.
Segundo o Ministério Público (MP), o crime, ocorrido na última segunda-feira (29) na Avenida Interlagos, Zona Sul de São Paulo, foi motivado pelo fato de Pedro ter quebrado o retrovisor do carro de luxo de Igor.
Algemado, Igor levou as mãos ao rosto e chorou enquanto seu advogado, Carlos Bobadilla, argumentava que seu cliente era uma pessoa simples que trabalhou para conquistar seus bens. A audiência de custódia serve para a Justiça verificar se a prisão de alguém foi correta, sem agressões ou violência por parte da polícia. Igor afirmou à juíza que não sofreu nenhuma violência e mencionou que ganha um salário mensal de R$ 20 mil como sócio, junto com a família, do bar Beco do Espeto, localizado no Itaim Bibi, bairro nobre da Zona Sul.
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DENUNCIADO PELO MP
Na quinta-feira (1º), o Ministério Público denunciou Igor por homicídio doloso triplamente qualificado, por motivo fútil, emprego de meio cruel e recurso que dificultou a defesa da vítima. Segundo a acusação, Igor teve a intenção de matar o motoboy Pedro. Até a última atualização desta reportagem, não havia decisão judicial sobre a denúncia feita pela Promotoria.
PRISÃO MANTIDA
Igor está preso desde segunda-feira. Nesta semana, a Justiça converteu sua prisão em flagrante para preventiva, sem prazo determinado para soltura. O empresário está detido em um presídio em Guarulhos, na região metropolitana de São Paulo.
A decisão de manter Igor preso ocorreu após a divulgação de imagens de câmeras de segurança da via pela imprensa. As gravações, que circulam nas redes sociais, mostram o momento em que Igor acelera seu carro atrás da moto de Pedro, culminando na queda e morte do motociclista.