Erwin Goering Junior, de 52 anos, diretor comercial de uma construtora de hotéis e loteamentos residenciais, foi flagrado por uma câmera de monitoramento espancando a ex-esposa, uma médica de 47 anos. Ele agrediu a vítima com chutes e esganou ela na frente da frente da filha de 3 anos do casal. Ele foi proibido pela Justiça de se aproximar da mulher.
As cenas lamentáveis aconteceram na cozinha do apartamento onde ambos moravam, no Campo Belo, zona Sul de São Paulo, no dia de junho. Toda a briga é testemunhada pela filha de 3 anos. As imagens mostraram uma discussão entre Erwin e a vítima, quando ele afirmou, mostrando o braço, que havia sido agredido pela mulher com quem ficou casado por 17 anos. Depois, ele insinuou que a vítima teria o traído e negou ter sido infiel com ela.
“Pega suas coisas e vai embora, para de tomar o meu dinheiro, não fica aqui por interesse. Metade disso é seu. Pega essa sua metade e enfia no meio do c***. Sai da minha vida, desgraçada”, esbravejou o acusado.
A mulher também se exaltou, diante da violência verbal, e chamou Erwin de “filhinho”, o que deixou o homem em estado de fúria. Então, ele se aproximou da vítima apontando o dedo contra ela.
“Fala direito comigo, senão você vai tomar porrada no meio da sua cara”, ameaçou o homem.
Após a mulher levanta a voz, ele a agarrou pelo pescoço usando as duas mãos, ao ponto de erguê-la. Enquanto ameaçou novamente: “não grita comigo”. O homem jogou a ex-mulher no chão, onde acertou ainda um forte chute nela.
A vítima se levantou e Erwin a desafiou a gritar de novo. Quando a mulher iniciou uma fala, foi brutalmente interrompida com mais um enforcamento, seguido de outro chute. Ela permaneceu no chão, a discussão seguiu por alguns minutos, até o vídeo terminar.
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CASO DE POLÍCIA
A médica registrou um boletim de ocorrência cinco dias depois das agressões. No relato, ela contou que o diretor a expulsou do apartamento, junto com a mãe dela, que também morava no local.
Por medo de ser rejeitada pelos filhos adolescentes, de 14 e 17 anos, ela não havia pedido uma medida protetiva contra Erwin em janeiro, quando registrou outro boletim de ocorrência, mas diante do segundo caso de violência física, ela decidiu solicitar a medida judicial, para que o diretor não se aproximasse mais dela.
“Desejo a medida protetiva para mim e minha mãe, pois ela também foi ameaçada e quero voltar para casa para cuidar dos meus filhos. Principalmente da minha filha de 3 anos. Reforço que estou há alguns anos sofrendo todo tipo de violência verbal, patrimonial, alienação parental e, dessa vez, fui agredida fisicamente, chutada e enforcada”, diz trecho do relato.
O pedido da vítima foi aceito pela Justiça que, em 1º de julho, determinou que o diretor mantenha distância da agora ex-mulher, de no mínimo 300 metros. Ele também precisou sair do apartamento onde ocorreram as agressões.