Veja depoimento de vítimas do ex-candidato a vereador preso por estupro e cárcere no RJ

Lucas José Dib, de 35 anos, foi preso na última quinta-feira (18) no Rio de Janeiro, por estuprar e manter em cárcere privado uma turista durante 18h.

Momento da prisão de Lucas Dib | Reprodução
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O ex-candidato a vereador do Rio de Janeiro, Lucas José Dib, de 35 anos, preso na última quinta-feira (18) por estuprar e manter uma turista em cárcere privado durante 18h no Rio de Janeiro, foi alvo de mais denúncias por parte de duas ex-companheiras dele.

RELEMBRE O CASO - A vítima tem 31 anos e é natural de São José do Rio Preto (SP). Ela estava a passeio no Rio de Janeiro, quando conheceu Dib em um app de namoro e aceitou um convite de encontro no apartamento dele. Segundo a mulher, após o primeiro beijo, ele mudou o comportamento e passou a estuprá-la e a ameaçá-la durante 18h. O laudo do Instituto Médico Legal (IML) confirmou o estupro e agressões por ação contundente. O caso segue sendo investigado.

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MAIS VÍTIMAS - Outras duas mulheres que afirmaram ter se relacionado com Lucas Dib e que também denunciaram abusos: uma ex-namorada em Belo Horizonte (MG) e uma ex-companheira em Diadema (SP).

CONFIRA O QUE AS TRÊS MULHERES CONTARAM: 

DEPOIMENTO DA TURISTA NO RJ - A mulher de 31 anos contou à polícia que só escapou do agressor porque tinha avisado a amigos que iria ao encontro, e, como ela compartilhou a localização, um deles foi até o endereço e a resgatou.

"A gente se beijou. A partir de um certo momento na madrugada, ele começou a agir de forma agressiva. Ele me enforcou. Ele já começou a falar comigo de forma totalmente diferente, com agressividade, dizendo que agora eu não ia sair mais dali, que eu era só dele. Que eu nunca mais sairia do apartamento. Ele disse que qualquer coisa que eu tentasse, não ia adiantar. Porque ele era uma pessoa muito influente. Que nada que eu fizesse ia adiantar".

DEPOIMENTO DE EX-NAMORADA EM MG - Em 2022, outra vítima procurou uma delegacia em Belo Horizonte para denunciar o crime de violência que, de acordo com a denúncia, ocorreu no dia 13 de outubro de 2020. Na época, a mulher afirmou que teve uma discussão motivada por ciúmes e queria terminar o relacionamento com Dib.

“Eu estava com o nariz entupido de chorar quando ele tampou minha boca, apertou meu rosto... Fiquei sem ar e comecei a gesticular para ele que estava sufocando. Ele colocava a culpa em mim, depois pediu desculpas e disse que não queria se separar, pedia para eu ficar. O dia amanheceu, ele não foi trabalhar, fiquei trancada com ele no apartamento. Não fui trabalhar também.

O pessoal do meu serviço também tentou contato comigo. Na época eu estava gravida de três meses. Eles ficaram preocupados e ligaram para o banco onde o Lucas trabalhava. Lá ficaram sabendo que Lucas também havia faltado de serviço.

Ele falou que não adiantaria eu entrar na Justiça para regulamentar a guarda do nosso filho e pensão, [porque] ele conhece muita gente e iria me atropelar na Justiça. Ele fala que eu sou louca porque tomo remédio para depressão e por isso ninguém acreditaria na minha fala”.

DEPOIMENTO DA TERCEIRA VÍTIMA - Uma terceira mulher de Diadema, no estado de São Paulo, registrou boletim de ocorrência por estupro de vulnerável no sábado (20) contra Lucas Dib. Ela disse que só sentiu segura em relatar as agressões depois que soube que ele foi preso no Rio de Janeiro. A mulher contou que namorou o homem de 2015 a 2018 e o descreveu como sádico e psicopata. 

"Ele me forçou inúmeras vezes e se eu não cooperava eu era ‘castigada’. Em algumas vezes ele me fazia beber para não oferecer resistência. Eu lembro nitidamente dele me forçando a posições de submissão, me tratando como um cão, pisando em cima da minha cabeça, me enforcando às vezes até desmaiar durante o ato. Cuspia no meu rosto, olhos e boca propositalmente. Dizia ser meu dono e eu tinha que chamar ele como tal".

"Eu sofria muito bullying desde o [ensino] fundamental e, na faculdade, isso continuou e, como ele era meu namorado, busquei apoio nele. E ele me manipulava, fazia eu me sentir culpada por coisas que eu não deveria, mandava até no que eu comia, o quanto deveria pesar para estar em seus padrões, o que vestia, com quem falava. Ameaçou meus pais, fez vídeos e fotos e ameaçou jogar na porta da minha igreja e perto de casa caso eu falasse algo. Eu vivia com medo".

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