Flagrada por policiais rodoviários federais a bordo de um Veloster, na Rota do Sol, rodovia da serra gaúcha, Ketlin Mattana, 18 anos, admitiu informalmente que traficava ecstasy há meses. A informação, mesmo extra-oficial, foi registrada na Polícia Civil no momento da autuação em flagrante por tráfico.
O que chama a atenção é o perfil da garota: bonita, rica, acadêmica de Engenharia Civil. No Facebook, Ketlin exibe fotos de viagens e festas. Fala inglês e circula no carro de R$ 91 mil. No momento da prisão, vestia shorts, blusa e calçava salto alto. Ao entrar na Penitenciária Industrial, foi obrigada a trocar as roupas de grife por peças doadas pela comunidade às detentas. Ontem, dividia cela com 12 mulheres.
O flagrante se deu após denúncias recebidas pela PRF de que uma pessoa traficava numa festa em Fazenda Souza. Uma equipe se deslocou e interceptou o Veloster. No carro, além de Ketlin, havia duas adolescentes. Uma delas é europeia e faz intercâmbio em Caxias. As informações são do jornal Zero Hora.
Os policiais vistoriaram o veículo e encontraram 24 comprimidos de ecstasy na bolsa da garota, acondicionados numa caixa de balas. Ela disse que comprava a droga com o dinheiro da mesada.
Posteriormente, revendia os comprimidos. Ela isentou as adolescentes de envolvimento no tráfico.
Na delegacia, se reservou ao direito de falar sobre o caso somente na Justiça. Um dos motivos que convenceu a Polícia Civil de que a universitária traficava ecstasy foi o depoimento de uma das adolescentes. A garota contou já ter adquirido drogas da amiga. Segundo ela, a universitária foi até Fazenda Souza para entregar uma encomenda a um conhecido.
Os negócios eram devidamente anotados. Entre os pertences apreendidos há uma nota de supermercado com números das vendas. Os patrulheiros também recolheram R$ 600 em cédulas variadas. Natural de Flores, a universitária é órfã de pai e mora desde o ano passado em Caxias do Sul.